De 13 a 15 de novembro de 2025, a CCDR Alentejo, I.P. (CCDRA IP) recebeu o 17.º Congresso dos Arquitetos, um encontro que reuniu profissionais, académicos e representantes institucionais para debater o papel da arquitetura num tempo marcado por transições profundas e desafios globais. Sob o tema “Inteligência Essencial”, o congresso colocou em evidência a necessidade de uma prática arquitetónica crítica, ética e colaborativa, capaz de responder à crise habitacional, às alterações climáticas, às desigualdades territoriais e ao impacto crescente da inteligência artificial.
A sessão da manhã de abertura foi marcada pela mesa-redonda dedicada ao conceito de Inteligência Essencial, onde a Vice-Presidente da CCDRA IP, Ana Paula Amendoeira, integrou um painel de reflexão estratégica sobre o papel da arquitetura no atual contexto de transformação.
Na sua intervenção, sublinhou a importância da articulação entre políticas territoriais, cultura e ordenamento, reforçando que a inteligência essencial não pode ser apenas tecnológica, mas sobretudo humana, sensível e enraizada nos lugares. Destacou ainda a necessidade de uma resposta integrada às urgências habitacionais e climáticas, ressaltando o papel da arquitetura na coesão social e na preservação do património.
Já na Sessão de Abertura oficial, o Vice-Presidente da CCDR Alentejo, Aníbal Reis Costa, tomou a palavra para reafirmar o compromisso da instituição com uma abordagem territorial sustentável e inovadora.
Durante o seu discurso, destacou que o Alentejo tem condições únicas para liderar projetos exemplares no domínio da energia, da gestão de recursos e da construção sustentável, sublinhando ainda o papel estruturante do planeamento regional e da colaboração entre arquitetos, autarquias, universidades e outras áreas do conhecimento.
Ao longo de três dias, o Congresso convocou uma visão ampla da arquitetura enquanto disciplina transversal, promovendo debates sobre inovação, equidade, formação, reconstrução de territórios fragilizados e integração de tecnologias emergentes como a impressão 3D, a construção modular e a inteligência artificial.
O 17.º Congresso reforçou o papel do Alentejo como palco de discussão sobre o futuro das políticas territoriais e das práticas de construção.





